
Marcos, 36 anos, advogado, ouviu de seu dentista o que ele já suspeitava: precisava alinhar os dentes para resolver um problema de mordida. A imagem que lhe veio à cabeça foi a de um sorriso metálico, algo que ele associava à adolescência e que não combinava em nada com o ambiente formal dos tribunais. A busca por “aparelho ortodôntico estético em bh” mostrou que ele não estava sozinho. Existe um mercado inteiro dedicado a adultos que, como ele, buscam a correção sem comprometer a imagem.
A boa notícia é que as opções são eficientes e muito mais discretas. A decisão, no entanto, passa por entender as nuances entre os diferentes materiais disponíveis e o que essa escolha representa em termos de custo e cuidados diários.
Longe do metal brilhante, os aparelhos estéticos fixos trabalham com a mesma mecânica, mas utilizam braquetes (as peças coladas nos dentes) feitos de materiais que se camuflam com o sorriso.
“Quando um paciente adulto busca o máximo de estética em um aparelho fixo, a safira é a nossa principal indicação”, afirma Dra. Ana Carolina Lage, ortodontista. “É um cristal de laboratório, monocristalino, quase tão transparente quanto o vidro. Ele não mancha com café, vinho ou açaí. A desvantagem, claro, é o custo. É a opção mais cara entre os aparelhos estéticos fixos.”
A alternativa mais comum à safira é a porcelana. Seus braquetes são de um branco leitoso, que também se mescla bem à cor do dente. “A porcelana é extremamente eficiente e tem um custo mais acessível”, explica a Dra. Lage. “A única ressalva é que as borrachinhas que prendem o fio podem amarelar com o tempo, mas elas são trocadas a cada manutenção mensal, então o aspecto se renova.”
A escolha do material é o ponto de partida. Mas o paciente adulto tem outras dúvidas: o tratamento é mais lento? Os braquetes são mais frágeis? A conversa com o ortodontista deve esclarecer esses mitos.
A mecânica do tratamento é idêntica à do aparelho metálico. O tempo de tratamento não costuma ser afetado pelo material do braquete, mas sim pela complexidade do caso e pela colaboração do paciente. Quanto à fragilidade, sim, os braquetes de cerâmica são tecnicamente mais suscetíveis a fraturas que os de metal. “Isso exige um pouco mais de cuidado do paciente ao morder alimentos muito duros, como torresmo ou pé de moleque. Mas, na prática clínica, não vemos um índice de quebra que seja um grande problema”, tranquiliza a especialista.
Colocando na ponta do lápis, um tratamento com aparelho estético de porcelana pode custar, em média, de 25% a 40% a mais que o metálico tradicional. O de safira eleva esse percentual para 50% ou mais. O valor investido, portanto, é diretamente proporcional ao nível de discrição desejado.
Marcos entendeu que a ortodontia moderna lhe dava opções. A decisão entre a porcelana e a safira seria um balanço pessoal entre orçamento e o nível de exigência estética. O mais importante, ele percebeu, era ter um ortodontista qualificado conduzindo o caso, pois, no fim, o que move os dentes não é o braquete, mas o planejamento e a habilidade do profissional.
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