O Roteiro Odontológico (Ato 10): A Confiança de um Dentista no Padre Eustáquio
A vida nos leva por diferentes caminhos, mas as raízes permanecem. E parte das minhas raízes familiares está no tradicional bairro Padre Eustáquio. Recentemente, minha tia, que mora lá há mais de 50 anos, precisou de um tratamento de prótese. Ela não queria atravessar a cidade. “Meu filho”, ela disse, “quero um dentista bom, aqui perto de casa”. E assim começou nossa busca por um dentista no Padre Eustáquio, uma jornada que me reconectou com o valor da odontologia de comunidade e de confiança intergeracional.
O erro é achar que os bairros mais tradicionais e residenciais não possuem serviços de excelência. Muitas vezes, é nesses bairros que encontramos os profissionais mais experientes, com uma reputação construída ao longo de uma vida inteira de dedicação àquela comunidade.
A nossa busca não começou no Google. Começou na padaria, na farmácia, na conversa com os vizinhos. A pergunta era simples: “Quem é o dentista de confiança daqui?”. E um nome surgiu repetidamente. Um dentista que tinha seu consultório na Rua Padre Eustáquio há mais de 30 anos.
A textura da confiança em um bairro tradicional é essa. Ela não é construída por marketing, mas pelo boca a boca, pela indicação de uma família para outra. A reputação do profissional é seu maior ativo.
A consulta com esse dentista foi uma viagem no tempo. O consultório não tinha um design moderno, mas tinha uma atmosfera de extremo cuidado e uma limpeza impecável. Nas paredes, fotos de pacientes sorrindo, de várias gerações da mesma família. O som do consultório era o de uma conversa calma, de um profissional que conhecia não apenas a boca, mas a história de vida de cada paciente.
Ele atendeu minha tia com um carinho e uma paciência que me emocionaram. Ele a chamava pelo primeiro nome, perguntava pelos filhos e netos. Aquele não era apenas um atendimento; era um ato de cuidado entre vizinhos.
A qualidade técnica do trabalho era inquestionável, mas o grande diferencial era a relação humana. Minha tia se sentiu completamente segura e acolhida, o que é fundamental para um paciente idoso.
A experiência de encontrar um dentista no Padre Eustáquio para minha tia me lembrou de algo que, na correria do mundo corporativo, às vezes esquecemos: a saúde é, acima de tudo, uma relação de confiança. E nos bairros tradicionais de Belo Horizonte, essa confiança ainda é construída da forma mais sólida que existe: com tempo, com respeito e com um verdadeiro cuidado com a comunidade que se serve.
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