O Rosto por Trás da Emergência: Um Encontro com um Dentista Plantonista em BH
Nas horas mais sombrias da dor, quando o mundo parece ter parado e apenas o seu sofrimento existe, uma figura surge como um farol na escuridão: o dentista plantonista. Eu tive dois encontros marcantes com esses profissionais em Belo Horizonte – um na minha própria crise de dor de dente na madrugada, e outro no acidente do meu filho. E em ambas as ocasiões, o que mais me impressionou não foi apenas a habilidade técnica, mas a qualidade humana desses guardiões da noite.
O erro é ver o plantonista como um profissional “quebra-galho”. Ele é, na verdade, um especialista em uma das áreas mais desafiadoras da odontologia: a da crise.
A primeira habilidade de um bom dentista plantonista não é técnica, é psicológica. Ele lida com pessoas no seu limite, tomadas pela dor e pelo medo. A calma é a sua principal ferramenta. Lembro-me da voz tranquila do dentista que me atendeu às duas da manhã. O som suave e seguro com que ele dizia “Calma, doutor, vamos resolver isso. Vai ficar tudo bem” foi mais eficaz que o primeiro analgésico.
Ele não me tratou como mais um caso, mas como uma pessoa assustada. Ele teve a paciência de explicar cada passo do procedimento de emergência, transformando meu medo do desconhecido em compreensão.
A segunda habilidade é a do raciocínio clínico rápido e da mão firme sob pressão. O dentista plantonista não tem o luxo do tempo, das longas consultas de planejamento. Ele precisa fazer um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, ali, na hora.
Observei a dentista que cuidou do dente quebrado do meu filho. A forma como ela, mesmo diante de uma criança chorando e de uma situação de trauma, manteve uma serenidade e uma precisão admiráveis em cada gesto. A textura da sua competência era a da confiança absoluta no que estava fazendo.
Depois daquelas experiências, passei a ter um respeito imenso por esses profissionais. Eles abrem mão de suas noites de sono, de seus fins de semana com a família, para estarem lá quando mais precisamos deles. São a linha de frente, o socorro imediato que alivia a dor e previne problemas maiores.
Este texto é um tributo, uma carta de agradecimento a cada dentista plantonista em BH. Pela técnica, sim, mas principalmente pela paciência, pela empatia e pela calma que vocês nos oferecem nos momentos de maior aflição. Vocês não tratam apenas dentes; vocês cuidam de pessoas em seus momentos mais vulneráveis. E por isso, a minha eterna gratidão.
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