
Um pequeno acidente com uma xícara de café deixou uma lasca no dente da frente de André, 31, um consultor de vendas. A imperfeição, embora pequena, minou sua confiança. Um amigo sugeriu a solução que parece estar na boca de todos: “coloca faceta de resina, é rápido e mais em conta”. A busca por um “dentista especialista em facetas de resina bh” o levou a um mundo de transformações impressionantes, mas também a uma grande interrogação: quem é, de fato, um especialista nisso?
Diferente de outros procedimentos que se apoiam em máquinas e laboratórios, a faceta de resina composta é um trabalho essencialmente artesanal. É uma escultura dental feita diretamente na boca do paciente, camada por camada. A qualidade do resultado não depende de um software, mas do talento, da visão artística e da habilidade manual de um profissional.
Encontrar um verdadeiro especialista em facetas de resina vai além de verificar um diploma. Trata-se de encontrar um artesão que domina a ciência dental.
“Não existe uma especialidade formal em ‘resina composta’ reconhecida pelo CFO”, esclarece Dra. Helena Bastos, que se dedica à odontologia estética há duas décadas. “O especialista é aquele que fez inúmeros cursos de imersão, que investiu em materiais de diferentes opacidades e translucidez e que, principalmente, tem horas e horas de prática. É um trabalho de observação profunda da natureza, de entender como a luz interage com um dente de verdade para poder replicar isso artificialmente.”
Ao analisar o portfólio de um profissional, o paciente deve procurar pela naturalidade, não apenas pela perfeição alinhada e monocromática. “Um bom trabalho em resina tem textura, tem detalhes, tem uma translucidez na ponta que imita um dente de verdade”, aconselha Dra. Bastos. “Sorrisos que parecem todos iguais, opacos e sem vida, podem indicar uma técnica menos refinada.”
A faceta de resina é uma solução fantástica para muitos casos, mas a conversa com um especialista de verdade deve ser franca, abordando não apenas as vantagens, mas também as limitações e as responsabilidades do paciente.
A resina composta, por mais avançada que seja, não é porcelana. Ela é mais suscetível a manchas por pigmentos de café, vinho e outros corantes. “Eu digo aos meus pacientes: a faceta de resina exige um casamento. Ela precisa de polimentos anuais para manter o brilho e a cor”, afirma a dentista. Quem busca uma solução “coloquei e esqueci” pode se frustrar.
Um especialista de verdade também é aquele que sabe dizer “não”. Em casos de grande destruição dental, bruxismo severo ou quando o paciente deseja uma mudança de cor radical e permanente, a resina pode não ser o caminho mais indicado. A honestidade do profissional em apresentar outras opções, como a porcelana ou até mesmo um tratamento ortodôntico, é um forte indicativo de sua ética e expertise.
Para André, a lição foi clara. Ele não precisava apenas de um dentista, mas de um artista detalhista. Um especialista que não lhe vendeu apenas uma solução rápida, mas lhe explicou o material, a técnica e a manutenção, transformando uma simples restauração em um pacto de confiança.
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