
Cláudia, 41 anos, arquiteta e sócia de um escritório em ascensão, precisava corrigir a posição de seus dentes, mas tinha uma exigência inegociável: o tratamento não poderia, de forma alguma, ser perceptível. A ideia de braquetes, mesmo os estéticos, não lhe agradava. Foi assim que sua busca a levou ao “dentista que coloca aparelho invisível em bh”, um termo que geralmente se refere aos sistemas de alinhadores transparentes, como o Invisalign.
Ela descobriu um mundo de alta tecnologia, planejamento 3D e liberdade. Mas também descobriu que esse tratamento avançado vem com um preço elevado e, mais importante, com um contrato de disciplina rigoroso, onde o paciente é o principal protagonista do sucesso.
O sistema de alinhadores é radicalmente diferente da ortodontia tradicional. Não há fios, braquetes ou borrachinhas. O tratamento é feito por uma sequência de placas removíveis, feitas sob medida, que movem os dentes gradualmente.
“O processo começa com um escaneamento digital completo da boca do paciente”, explica Dr. Felipe Alvares, ortodontista credenciado na tecnologia. “Essas imagens são enviadas para um software onde todo o tratamento é planejado virtualmente. O paciente consegue ver uma simulação de como seu sorriso ficará no final, antes mesmo de começar. Com base nesse plano, uma série de alinhadores únicos é impressa em 3D.” Cada placa é usada por um período de 7 a 14 dias e depois substituída pela próxima da série, continuando o movimento planejado.
Apesar do nome, o aparelho não é 100% invisível. “Para que os alinhadores consigam realizar certos movimentos complexos, precisamos colar nos dentes pequenas ‘travas’ de resina da cor do dente, chamadas de attachments“, esclarece Dr. Alvares. “Eles são discretos, mas podem ser notados a uma distância muito próxima. É importante ser transparente sobre isso.”
A maior vantagem do alinhador é ser removível. Essa também é a sua maior armadilha. O sucesso do tratamento não depende apenas da tecnologia, mas quase inteiramente da colaboração do paciente.
O alinhador só move os dentes enquanto está na boca. A recomendação universal é de uso por, no mínimo, 22 horas por dia. “O paciente só pode remover para comer, beber líquidos que não sejam água e para higienizar os dentes”, enfatiza o especialista. “Quem não tem essa disciplina, quem ‘esquece’ de usar o alinhador por algumas horas todos os dias, está simplesmente jogando tempo e dinheiro fora. O tratamento não vai funcionar.”
O valor de um tratamento com alinhadores transparentes é, significativamente, o mais alto do mercado ortodôntico. O custo elevado se deve a uma combinação de fatores: a tecnologia de software e escaneamento, o custo da impressão 3D de dezenas de placas individualizadas e a própria marca (Invisalign sendo a mais conhecida e estabelecida). Paga-se pela tecnologia, mas, acima de tudo, pela conveniência de poder remover o aparelho e pela estética superior.
Cláudia, a arquiteta, entendeu que a liberdade de tirar o aparelho para uma reunião importante vinha com a responsabilidade de usá-lo durante todo o resto do dia. O investimento não era apenas financeiro, mas um compromisso de disciplina com seu próprio sorriso.
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