A Análise Final: Um Advogado Investiga a Harmonização Facial em BH
Depois de passar por toda a minha jornada de rejuvenescimento cirúrgico e de renovação do meu sorriso, eu me sentia satisfeito. Mas uma expressão continuava a pipocar em todos os lugares: nas redes sociais, nas conversas, na mídia. “Harmonização facial”. Decidi que, como capítulo final da minha educação, eu precisava entender esse fenômeno. O que era, de fato, a harmonização facial? Era uma nova ciência, um novo paradigma estético, ou apenas um nome da moda para procedimentos antigos? Marquei uma consulta com um dos mais renomados especialistas em harmonização facial em BH, não como paciente, mas como um advogado cético, em busca de fatos.
O erro que vejo muitos cometerem é o de entrar na onda da harmonização sem entender seus princípios, seus limites e, principalmente, seus riscos. A banalização do termo pode levar a resultados desastrosos.
A minha conversa com o especialista – um dentista com profunda especialização em visagismo – foi esclarecedora. Ele me explicou que a harmonização orofacial não é um único procedimento, mas um conceito. É a arte de analisar a face em suas proporções matemáticas e usar um conjunto de técnicas (principalmente preenchedores e toxina botulínica) para equilibrar os terços do rosto, realçar pontos de luz e sombra, e criar uma maior harmonia entre os traços.
Ele pegou um paquímetro, um instrumento de medição, e começou a analisar meu rosto. A textura fria do metal tocando minha pele era a textura da ciência, da matemática. Ele falou sobre a “proporção áurea”, sobre ângulos mandibulares, sobre a projeção do queixo e das maçãs do rosto. A sensação foi a de ter meu rosto “lido” e decodificado.
Entendi que a harmonização utiliza as mesmas ferramentas que eu já conhecia, mas com um objetivo diferente.
O ponto mais importante da nossa conversa, no entanto, foi sobre os riscos. O maior deles, o especialista me disse, é a busca por um rosto padronizado. A “mandíbula quadrada”, os “lábios volumosos”, as “maçãs do rosto de top model”. Quando todos buscam o mesmo padrão, o resultado é uma legião de rostos iguais, sem personalidade.
A verdadeira harmonização, ele concluiu, não é sobre criar um rosto da moda. É sobre otimizar a beleza única do seu próprio rosto, respeitando suas características e sua etnia. O som da palavra “individualização” foi o que me tranquilizou.
Saí daquela consulta com uma visão clara. A harmonização facial, nas mãos de um profissional ético e com profundo senso estético, é uma ferramenta poderosa de refinamento. Mas, nas mãos erradas, ou guiada por modismos, pode ser uma perigosa fábrica de rostos genéricos. É uma técnica que exige, mais do que qualquer outra, um diálogo profundo entre o paciente e o profissional, e um imenso bom senso de ambos os lados.
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